Espaço ao qual dedicarei parte de minha produção intelectual. Seja em termos de pequenas resenhas, comentários e pensamentos próprios! É um espaço onde, também, divulgarei minhas pesquisas.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
2009: Crise?? Não, conquistas!!
Contudo, para mim o 2009 foi um ano de conquistas. E, inspirado no texto do Blog de meu amigo Marcos Souza, resolvi postar em forma de retrospectiva como foi mais de conquistas do que de crise o meu ano de 2009.
Em fevereiro defendo minha dissertação de mestrado intitulada: "O Esquema de Ação e a Constituição do Sujeito Epistêmico: Contribuições da Epistemologia Genética à Teoria do Conhecimento", diante de uma banca, digamos, "peso-pesado" com Dr. Ricardo P. Tassinari (orientador), Dr. Adrián Oscar Dongo Montoya e Dr. André Leclerc, que aprovaram meu trabalho e me encheram de desafios para continuar na pesquisa. Abaixo uma foto com a minha banca:
Final de março presto concurso para professor na Universidade Federal de Rondônia, passando em segundo lugar. O que me deixa extremamente feliz, afinal o concurso era para duas vagas. Pois bem, em 8 de julho sou nomeado no Diário Oficial da União e no dia 24 de Julho tomo posse, como podem ver na foto abaixo, onde estou assinando o termo de posse:
As conquistas só estão começando. Mudança para Porto Velho, aproximação a velhos amigos, como os professores Josenir L. Dettoni, Jovanir L. Dettoni, Rodrigo M. Martins e a profa. Lenir L. Dettoni além de conhecer vários professores da UNIR. E, claro, não poderia faltar falar de minhas turmas na Filosofia, no Direito, na Engenharia Elétrica e na Informática e da turma do Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar.
Durante esse meu primeiro semestre em Porto Velho, auxiliei, a distância, na organização do I Colóquio Internacional de Psicologia e Epistemologia Genéticas: Atualidade da Obra de Jean Piaget. No qual participei, ministrando um minicurso com meu orientador e tendo mais uma conquista ao ver uma aluna apresentar comunicação, a qual fora escrita sob minha orientação. Parte do trabalho que realizei a distância foi a editoração gráfica dos Anais e do Caderno de Resumos e, para 2010 estamos trabalhando na organização do Livro que se originará das Mesas que tivemos. Abaixo uma foto com o Dr. Adrián e com a Dra. Alessandra, respectivamente presidente e vice-presidente da Comissão de Organização do Colóquio:
Minhas atividades acadêmicas seguem, ministro uma palestra na 2ª Mostra de Trabalhos Acadêmicos: Repensando Nossa Humanidade do Instituto Metodista da Amazônia. Houve, também, a realização, da UNIR em parceria com a Faculdade Católica de Rondônia, da I Semana Acadêmica de Filosofia de Rondônia, onde, também, ministrei uma palestra sobre "Epistemologia Genética" minha área de pesquisa. Abaixo, uma foto dessa minha palestra na I Semana Acadêmica de Filosofia de Rondônia:
As conquistas não pararam por ai, além das atividades acadêmicas tive o privilégio de iniciar uma interação muito importante com a utilização do Twitter. Com essa ferramenta de microblogging, pude conhecer, primeiramente a Lounge e, logo em seguida uma porção de gente bacana que eu cometeria um pecado se tentasse mencionar a todos, pois com certeza esqueceria de alguem. Claro, já no início deste texto falei de Marcos Souza e da influência que ele teve na escrita do mesmo, ao qual devo, também, a publicação de dois artigos de divulgação filosófica em seu Jornal Eletrônico Rondônia Ao Vivo (sobre Construtivismo e sobre Kant e a Modernidade).
Mas, com toda a certeza, minhas maiores conquistas foram os amigos e amigas que fiz via Twitter. Na realização do II e II #Twittercontro e no @ETC_AC_RO o Encontro de Twitteiros Culturais realizado simultaneamente em Porto Velho e Rio Branco do qual, junto com o Marcos Souza, fui um dos debatedores, contudo o sucesso do evento, como podem ver nesse post, se deveu muito mais à participação ativa dos que lá estavam do que propriamente de nossas ponências. Abaixo eu e Marcos Souza no debate do ETC_PortoVelho:
Como podem ver, tive muitas conquistas em 2009 e com certeza começo um 2010 cheio de perspectivas. É certo que deixei muita coisa de fora desse pequeno relato. Perdoem-me se deixei de mencionar nomes ou se me esqueci de algum fato importante. Contudo, essas são pequenas lembranças que me fizeram uma pessoa muito feliz em meio ao caos que a crise internacional propagava no início de 2009.
Em vista desses e de muitos outros acontecimentos de minha vida em 2009 posso dizer que sou feliz e, muito mais ainda, por ter novos e verdadeiros amigos e por ter reencontrado antigas amizades que se fizeram muito presentes em minha vida. Além, claro, de uma última menção: Maria Leila de Marins Orquizas a razão maior de minha existência e mulher de minha vida, a quem amo e a quem dedico a felicidade toda de 2009 e a todas as conquistas que virão em 2010! E, como não poderia faltar, abaixo uma foto junto da razão de meu viver, no II Twittercontro:
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
1º Encontro de Twitteiros Culturais
Tivemos como debatedores do ETC_PVH eu, Vicente Marçal (@vicentemarcal), filósofo e professor do Departamente de Filosofia da UNIR (Universidade Federal de Rondônia), Marcos Souza (@marcos35anos), jornalista, sócio-proprietário e editor chefe do Jornal Eletrônico Rondônia ao Vivo e mantenedor de dois Blogs, os quais foram mediados pela publicitária e jornalista Wania Ressuti (@waniaressuti).
O Encontro fora organizado por Daiana Souza (@Daianasouza) e por Bethânia Diniz (@beediniz), tendo a participação com um belíssimo testemunho de uso da ferramenta pela primeira.
Sobre como foi bom e bem organizado temos diversos relatos a respeito, por esse motivo o que pretendo é trazer, aqui, o que eu pretendi pontuar na minha pequena digressão sobre o uso da ferramento.
1. Construção coletiva do conhecimento
O primeiro aspecto que levantei, claro, partiu de minha área de formação: A Filosofia. Sou defensor da tese de que nós construímos nosso conhecimento do mundo. Um conhecimento que é construído pelo indivíduo, mas, principalmente, pela comunidade. O Twitter possibilita essa construção.
Claro, não é nada ortodoxo, formal. Mas uma possibilidade de em 140 caracteres, partilhar o em que ponto está sua contribuição para o ponto em debate. Opa, esse é o aspecto, não precisamos ficar fechados em nossos mundinhos, pensando sobre o mundo, mas podemos compartilhar nosso pensamento para que o mesmo tenha contribuições de outros em sua construção.
Eu mesmo já presenciei (e iniciei) algumas trocas de informação que nos fizeram, juntos, construir uma compreensão de determinado conceito. Reproduzir aqui essa frutífera discussão não é o objetivo desse post, mas isso mostra como a ferramenta pode auxiliar na troca, em tempo real (a grande diferença dos foruns de discussão), de informações e a construção coletiva do conhecimento.
2. Construção de uma rede de amigos
O segundo ponto que levantei foi uma experiência pessoal que tive com a ferramenta. Estou a 5 (cinco) meses em Porto Velho-RO, mudei-me com minha esposa para assumir minhas funções de professor na Universidade Federal de Rondônia. E, nesse pouco tempo que estou na cidade já conheço (pessoal e virtualmente) mais pessoas do que conhecia nos dois anos que morei em São Manuel-SP, cidadezinha com pouco mais de 39 mil habitantes, ou seja, 1/10 de Porto Velho.
Normalmente as pessoas dizem que numa cidade pequena é mais fácil de ser fazer amigos, que praticamente todo mundo conhece todo mundo. Mas, posso dizer com toda a certeza de que não! E o que facilitou os meus contatos e o conhecer de novas pessoas, foi o Twitter.
A ferramenta não nos isola socialmente. Pelo contrário, já tivemos o Twittercontro, que diferentemente do ETC, tem a proposta de ser um encontro mais descontraído e não de debates, mas sim de confraternização entre os twitteiros de plantão.
Esses dois eixos foram os que eu me propus a compartilhar com todos no ETC e que fomentou a discussão que se seguiu. Logicamente abrilhantada pela especialíssima ponência de @marcos35anos e do testemunho de uso da ferramenta feita por @Daianasouza.
Foi, realmente, um momento de grande profusão do poder da informação do Twitter. E, em conjunto e no tète-à-tète, pudemos construir nosso conhecimento da ferramenta.
Outros ETC's virão. Esperamos que tragam grandes contribuições não só para o uso da ferramenta, mas para que nos tornemos pessoas melhores.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
formspring.me
Filosofia é parte do instinto ou é algo adquirido do meio?
Adquirido, mas não diretamente do meio, como propõem o empirismo e nem só por pura reflexão como propõem o racionalismo, mas numa profunda interação entre o sujeito que conhece o meio que se dá a conhecer, como propõem o construtivismo. Todo nosso conhecimento do mundo, seja filosófico, científico ou tecnológico, até mesmo os conhecimentos tidos pro fúteis ou inúteis, são fruto dessa interação do sujeito com o meio. Sou defensor da tese de que há uma continuidade entre a inteligencia e os processos puramente biológicos de de morfogênese e de adaptação ao meio. De modo que o nosso conhecimento do mundo é uma construção feita desde o nascimento até a fase adulta.
formspring.me
De que forma a filosofia pode ser propagada nas redes sociais?
Penso que do modo mais genuíno, ou seja, assim como Kant, acredito que não se ensina a filosofia mas sim a filosofar, e é justamente essa a contribuição que as redes sociais podem dar. Ao propciarem uma troca de informações mais intensa que exija dos interlocutores uma capacidade maior de 'filtro' e ponderação, ela vai auxiliar na grande tarefa de filosofar e não na mera transmissão deste ou daquele ensino filosófico. Essa é minha maneira de pensar!
sábado, 28 de novembro de 2009
Críticas ao Construtivismo
É comum, principalmente entre professores e pesquisadores da Educação, críticas a um sistema de ensino ou método de ensino que costumou-se chamar de Construtivismo, que tem por fundamento teórico a Epistemologia Genética de Jean Piaget.
Como entendo que o problema maior é a falta de compreensão dos postulados básicos dessa teoria, escrevi, sem muitas pretensões, um texto intitulado "Construtivismo, uma proposta incompreendida", o qual fora publicado no Jornal Eletrônico Rondonia Ao Vivo e está disponível para leitura, comentários e críticas de todos os interessados.
Principalmente para mostrar que a proposta construtivista não significa, pura e simplesmente, deixar o aluno a seu bel prazer na sala de aula afirmando que ele é que constrói seu conhecimento.
Bem, o meu artigo no Rondônia ao Vivo é que propoem explicar melhor minha posição.
Leiam, avaliem, critiquem... o publiquei num espaço aberto e público justamente para que o mesmo fosse levado ao maior número de pessoas possível e pudesse, realmente, ser avaliado e criticado por todos.
Como fazemos na twittersfera: #prontofalei!!
terça-feira, 24 de novembro de 2009
II Twittercontro de Porto Velho
@luisamedeiros
@grazielavip
@larissamoreira
@Emily_Zinha
@Ednasamaira
@normandolira
@daianacida
@Tarzan_br
@JucieleNunes
@juracijunior
@THGMiranda
@quetila
@fredperillo
@evva_sec
@youssefhz
@Luizaarchanjo
@vicentemarcal
@Orquizas
@marcos35anos
@SantiagoRoa
@lincolnmiranda
@Thatyflowers
@julibmartins
@lourivalssneto
@niquediniz
@Rosanacampos
@Neumaoli
@icaldasds
@dancoc
@NatCaldas
@waniaressuti
@juniorisds
@dandarasimao
@todajessica
@DuanaFlopes
@deiaminuto
@paulacortez
@tainacgpereira
@AniLobo
@ranieribraga
@ipedromac
@Daianasouza
@beediniz
@stephanieqn
Discutiremos o uso conciente da internet e muitos assuntos relacionados ao próprio Twitter, além claro de aproveitar o encejo para conhecermo-nos pessoalmente e tomar uma cerveja gelada!
Até lá galera!
domingo, 15 de novembro de 2009
Arte e Filosofia
Dando asas às minhas emoções
Pelos caminhos oníricos seguir
Hoje me permitirei não pensar
Deixando fluir a libido
Pulsando a vida que em meu peito arde
Hoje me permiterei ser arte
Arte que vislumbra a verdade
No jogo eterno da mímesis
Hoje simplesmente me permitirei
Viver, cantar, dançar, lembrar
Que na razão forte de todo mestre
Bate um coração vivo que na arte florece
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
I Semana Acadêmica de Filosofia de Rondônia
A programação da I Semana Acadêmica de Filosofia de Rondônia é:
16/11: Palestra: “O personalismo como um sistema filosófico”, com Prof Dr José Dettoni (19h às 20h30);
17/11: Palestra: “Epistemologia Genética”, com Prof Ms Vicente Eduardo Ribeiro Marçal (19h às 20h30);
18/11: Palestra: “A Filosofia da Educação em Foucault”, Prof Ms Fernando Danner (19h às 20h30);
19/11: Palestra: “Análise do Discurso”, com a Profª Ms Helena Zoraide Pelacani (19h às 20h30);
20/11: Palestra: “O Discurso Bioético Acerca da Loucura”, com Prof Ms Josenir Lopes Dettoni (19h às 20h30);
21/11: “Chá Filosófico” (13h30 às 15h30):
– Mediadores: Prof Raimundo Martins e Prof Dr Fabio Hecktheuer;
– Pe Ms Valdecir Luiz Cordeiro: Filosofia Cristã nas Cartas de São Paulo;
– José Carlos Vitachi: Considerações sobre Fides et Ratio (João Paulo II);
– Prof Raimundo José: Comentário sobre o Pensamento de Agostinho;
– Prof Ms Francisco Estácio: Tomás de Aquino e a Escolástica.
Observação: Todas as noites, após as palestras (21h), haverá defesa de Artigo Científico até as 22h30, de alunos da Faculdade Católica de Rondônia dos cursos de Pós-Graduação e da Graduação em Filosofia.
LOCAL: Auditório da Faculdade Católica de Rondônia (Centro de Pastoral), Rua Carlos Gomes, 932.
MAIS INFORMAÇÕES:
Faculdade Católica de Rondônia: (69) 3211-4505 / fcrcatolica@gmail.com
UNIR – DFIL: dfil@unir.br (Prof Vicente Marçal).
– Com Certificação de 30 horas/aulas: 10,00 reais (dez reais).
– Sem certificação: gratuito.
– Inscrições na Faculdade Católica de Rondônia; também poderão ser realizadas no local das 18h às 19h.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Filosofar com Arte
ter diante de si uma imensidão inatingível
mas saber em seu íntimo
no âmago de si mesmo
que estás sozinho e desvelado
Saber mais do ser-em-si
É estar sem amarras ou marcas
sem mistérios ou máscaras
porque estás diante de si mesmo
e tens que contemplar a verdade, nua e cura que te define
A verdade do ser o que é e do não-ser que não é
A verdade de não compreenderes a si mesmo ao recusar o devir
Sabendo somente que o conhecimento te satisfaz
Numa onda fugaz
De dor e prazer
O puro saber pelo puro saber
Em fim, descobrirás
O sentido que tanto buscas
É o prazer infinito
que só o conhecimento pelo conhecimento
Pode proporcionar.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Os Pequenos Agricultores de Ariquemes Agradecem
==== Carta do Rev. Francisco de Assis da Silva ====
Queridos Irmãos e queridas Irmãs
Estamos vivendo momentos de renovada esperança com os encaminhamentos feitos pelos líderes da Comunidade de pequenos agricultores da fazenda Urupema, Ariquemes, no estado de Rondônia.
Após um apelo de solidariedade feito pela IEAB através do nosso Primaz e Secretário Geral em nome das quase 250 pessoas da Fazenda, temos recebido ampla e irrestrita solidariedade da própria Igreja, dos organismos e movimentos ecumênicos, da sociedade civil organizada e de pessoas individualmente tanto no Brasil como no exterior.
A petição online alcançou até agora a cifra de 185 assinaturas. E esse instrumento alcançou instâncias governamentais e parlamentares criando as condições para se buscar a solução política e institucional para o grave problema criado a partir de uma decisão judicial de despejo lavrado por uma juíza de Ariquemes.
O FEBRASIL e FESUD foram solidários no apoio financeiro para as passagens da viagem de dois representantes da comunidade de Ariquemes a Brasilia, bem como na divulgação da petição online.
O apoio político da Senadora Marina Silva, de assessores do Ministério da Justiça bem como de militantes de Direitos Humanos foram fundamentais para os contatos com a Ouvidoria Agrária e com o INCRA. Conseguimos uma audiência extraordinária com o Presidente do INCRA à qual compareceram o Bispo Primaz da IEAB, D. Mauricio, o Rev. Hugo Sanches (Pároco anglicano em Ariquemes) e o Sr. Derli Cavalheira (representando a comunidade dos assentados).
De concreto conseguiu-se que o INCRA assumisse a negociação direta com as partes na busca de um acordo que viabilize a solução do problema sem necessidade de despejo das famílias. Na próxima semana haverá uma reunião entre as partes para a possível negociação de desapropriação da fazenda e a permanência das famílias ali estabelecidas há 13 anos.
Conforme os próprios representantes declararam após a audiência com o Dr. Rolf Hackbart, "estamos a um pequeno passo da solução".
Continuemos em oração para que definitivamente as famílias recebam a boa nova de não serem desalojadas e recebam finalamente a posse e propriedade definitiva da fazenda.
Em meu nome e no de nosso Primaz, bem como de nossos queridos irmãos e irmãs da fazenda Urupema, gostaria de agradecer o apoio e a solidariedade seja por palavra seja por ação concreta que a nós foi endereçada.
Pedimos que continuem divulgando a petição online e manteremos todos e todas informados dos próximos decisivos passos.
Não devemos nos dispersar, mas antes continuar apoiando esta causa.
Rev. Francisco de Assis da Silva
Secretário Geral da IEAB
sábado, 10 de outubro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
A Inteligência como Adaptação: Relação entre Acomodação e Assimilação*
* Resumo do trabalho escrito por Tathiane Ananias da Silva e Raphaele Afonso Angélico sob minha orientação, apresentado e publicado nos Anais do I Colóquio Internacional de Epistemologia e Psicologia Genéticas: Atualidade da Obra de Jean Piaget.
sábado, 4 de julho de 2009
Indicação de Filme
Não deixem de assistir ao filme "O Menino de Pijama Listrado":
SINOPSE
Bruno, de oito anos de idade, é o filho protegido de um oficial nazista cuja promoção leva toda família a deixar sua confortável casa em Berlim para seguir para uma área desolada onde o menino solitário não tem o que fazer e nem com quem brincar. Muito entediado e movido pela curiosidade, Bruno ignora as insistentes recomendações da mãe de não explorar o jardim dos fundos e segue para a fazenda que ele viu a certa distância. Lá ele encontra Shmuel, um menino da sua idade que vive uma existência paralela e diferente do outro lado da cerca de arame farpado. O encontro de Bruno com o menino do pijama listrado o leva da inocência a uma profunda reflexão sobre o mundo adulto ao seu redor conforme seus encontros com Shmuel se transformam em uma amizade com conseqüências devastadoras.
É de uma sensibilidade indiscutível!
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Fluxo processo biológico-cognitivo Adaptação
terça-feira, 19 de maio de 2009
Movimento "Não Re-eleja Ninguém"
Sistemas, Auto-Organização e Informação: Uma Interrelação*
Introdução
Temos como propósito nessa comunicação apresentar algumas considerações sobre nosso estudo na área de Filosofia da Mente e Ciência Cognitiva, principalmente nosso estudo sobre Sistêmica, Auto-Organização e Informação e a inter-relação existente entre essas áreas. Para isso iniciamos com a conceituação de Sistemas e o que os caracteriza, bem como da Auto-Organização e Informação, para apontarmos nas considerações finais a inter-relação existente, principalmente no fato de compreendermos a informação como motor propiciador da auto-organização secundária.
1. Sistemas
Consideramos sistema um conjunto não vazio de elementos que mantém relações entre si. Von Bertalanffy corrobora com essa definição ao apresentar que um sistema é conhecido não somente pela soma de todas as características dos elementos que o compõem, mas também das relações que estes elementos têm entre si, dessa forma não é nada estranho encontrar um sistema onde o todo seja maior — ou mesmo menor — que a soma de suas partes.
O conhecimento da totalidade dos elementos de um sistema e de todas as relações envolvidas entre eles pode nos dar, a partir da análise do comportamento de todo o conjunto, o comportamento do sistema.
Diante dessa definição de sistema, nos colocamos as seguintes perguntas: o que são elementos? E o que são relações? Pessoa Jr. nos auxilia na elucidação dessas questões ao afirmar que um elemento é uma entidade primitiva que a cada instante está em um dentre vários estados possíveis ou, colocado de outra forma, possui um dentre vários atributos possíveis. Já as relações são definidas, por Pessoa Jr., como sendo as alterações de estado dos elementos condicionadas, ou condicionando, as alterações de estado de outro elemento no mesmo instante de tempo ou num instante posterior.
Essas relações podem ser exclusivas entre os elementos do sistema, a isso chamamos de sistema fechado, pois implica em que o sistema não mantém nenhum tipo de relação com o ambiente externo a ele. Ou podemos ter um sistema aberto, onde os elementos mantêm relações entre si como, também, relações com o ambiente onde está situado.
Tais definições, de elementos e relações, são importantes, pois para a Teoria Geral dos Sistemas, um sistema é caracterizado por sua estrutura ou organização e não pela identidade somatória de seus elementos.
2. Auto-Organização
Uma das características fundamentais de um sistema é a condicionalidade de relação entre seus elementos. Como definimos acima, uma relação entre dois elementos está no fato da alteração de estado de um dos elementos condicionar ou ser condicionada pela alteração do outro. Segundo Ashby, essa condicionalidade é a principal característica da organização de um sistema.
Entretanto, para os propósitos da presente comunicação, o conceito fundamental referente à organização do qual necessitamos é o de auto-organização. Ou seja, a possibilidade de novas formas de organização surgirem sem que haja um agente catalisador do processo.
Segundo Debrun, a auto-organização é um processo que se dá a partir do encontro de elementos distintos, sem vinculação causal anterior e, principalmente, sem uma interação supervisionada por qualquer dos elementos.
Essa definição de Debrun envolve duas modalidades de auto-organização. A primeira modalidade, chamada de Auto-Organização Primária, se dá na interação não-supervisionada de elementos distintos, que não possuíam nenhuma espécie de relação causal anterior e que, ao se encontrarem, podem desencadear uma dinâmica geradora de padrões simples e instáveis.
A segunda modalidade é a Auto-Organização Secundária, que compreende a possibilidade de um sistema, atuando de forma autônoma sobre si mesmo, passar de um estado de menor complexidade para um estado maior de complexidade. É o que Debrun, chama de complexificação. Assim, temos que a auto-organização secundária, ocorre em sistemas já organizados que buscam uma complexificação maior de suas relações.
3.A informação numa perspectiva não-antropomórfica
O conceito de informação é um tanto controverso. Desde seu significado de notícia, novidade ou dados até à possibilidade de uma mensagem enviada por diversas vias, sejam elas materiais ou imateriais, tais como cartas, telegramas, telefone, sinais de rádio etc.
Contudo, tais usos manifestam uma compreensão antropomórfica do termo, entendido como mensagem lingüística, significativa e inédita (para o receptor), transmitida entre seres humanos. Esta compreensão antropomórfica do conceito de informação nos leva a três características primordiais, a saber: linguagem simbólica humana, significado e novidade ou ineditismo.
No intuito de buscarmos uma compreensão não-antropomórfica da informação, afirmamos, junto com Shaeffer em sua interpretação de Stonier, que a informação é genuinamente um elemento ontológico, juntamente com a energia e a matéria. Assim, segundo Shaeffer, Stonier compreende a informação como propriedade fundamental do universo, buscando fundamentação para sua tese em Aristóteles que propunha a ordem como parte integrante da realidade. A compreensão de Aristóteles, que implica dizer que a ordem é parte integrante da realidade, pode ser apreendida de seu escrito De Anima, onde explica a natureza da vida com base em sua doutrina metafísica da natureza geral das coisas.
Um segundo passo em direção a um conceito não-antropomórfico de informação é uma derivação do primeiro. O teórico Zeman nos auxilia nesse segundo passo ao apresentar a informação, a partir de sua origem etimológica, como a medida de organização de um sistema. Nessa compreensão a informação se mantém, mesmo quando não utilizada por algum sistema diferente do sistema fonte de informação, como padrão organizacional dos sistemas.
Essa concepção de medida quantitativa nos leva para o terceiro passo em direção à desantropomorfização da noção de informação, a saber: a informação enquanto negaentropia.
Para compreendermos esse terceiro passo, temos que recorrer à Teoria Matemática da Comunicação de Shannon e Weaver. Estes apresentam, já em seu primeiro capítulo, a noção da informação enquanto a medida da liberdade de escolha entre as mensagens prováveis. Pois, ao se escolher uma mensagem, entre as prováveis, a mensagem escolhida transporta unidade de informação, as outras não.
Essa unidade de informação transportada por uma mensagem é uma decisão entre duas alternativas, por exemplo, animal e não-animal. Assim, com duas perguntas é possível decidir-se por uma em quatro possibilidades, do mesmo modo que com três é possível decidir-se por uma em oito possibilidades, o que nos leva à conclusão de que o logaritmo de base dois das possíveis decisões pode ser usado como medida da informação. Assim, se temos duas possibilidades de mensagem, a unidade de informação transportada é log2 4 = 2, caso tenhamos três possibilidades de mensagem, então a unidade de informação transportada será de log2 8 = 3, e assim sucessivamente.
Tal cálculo é semelhante ao da entropia, e Shannon e Weaver estão cientes disso. Contudo a entropia é o grau de desordem de um sistema, e se temos que, na Teoria Matemática da Comunicação, a medida da unidade de informação é correspondente à medida de entropia de um sistema, então temos uma contradição aqui, pois no segundo passo afirmamos que a informação é a medida de ordem de um sistema, e aqui estamos apontando para a informação como um correlato à medida de desordem de um sistema. Como resolver essa contradição?
Como proposta de solução dessa contradição, assumimos a posição de Pereira Jr. e Gonzales. Primeiramente devemos compreender que existem dois níveis de análise. O primeiro foca somente a fonte de informação, sendo que quanto mais organizada menor será sua medida de unidade de informação. O segundo propõe uma correlação entre o sistema fonte de informação e o sistema receptor da informação, ou seja, a correlação entre dois sistemas. Caso essa correlação seja inexistente, i. e., igual a zero, não haverá transmissão de informação; caso seja maior que zero, menor ou igual a um, ocorrerá a transmissão de informação. Solucionando, assim, a contradição que aparentemente se nos apresentava.
4.Considerações Finais: A informação como motor da auto-organização secundária
Num primeiro momento, analisamos e definimos um sistema, que basicamente é a interpretação do todo não apenas pela somatória da identidade de suas partes, mas pelo complexo formado por suas partes e as relações por elas condicionadas. Tal complexo é matematicamente descrito por um conjunto de equações de múltiplas variáveis com forte interdependência, ou seja, que não tem solução simples por isolamento das variáveis. Rapoport denomina esse tipo de sistema de complexidade organizada, cujo organismo vivo é um exemplo evidente.
Em seguida, trabalhamos o conceito de auto-organização como o processo iniciado pelo encontro de elementos realmente distintos, sem ingerência de uma instância controladora, que dará forma a um novo sistema ou elevará a complexidade de um sistema já existente.
Apresentamos o conceito de informação numa perspectiva não-antropomórfica, a partir da Teoria Matemática da Comunicação, como medida de organização, ou negaentropia, de um sistema. Assim definido, o conceito de informação é aplicável à análise de todos os fenômenos nos quais existe comportamento organizado e especificamente dirigido para um objetivo.
A partir das conceitualizações efetuadas argumentamos com o objetivo de levar à compreensão de que a informação é o motor que dá início ao processo de complexificação de um sistema, ou seja, é a informação que propicia a um sistema sua passagem de uma complexidade menor para uma complexidade maior, sem gerenciar tal processo.
Para tanto, devemos lembrar que a Segunda Leia da Termodinâmica nos ensina que todo sistema físico que for isolado de seu meio tende a ter sua entropia maximizada, ou seja, um sistema fechado terá uma redução de sua energia livre, i. e., a energia de um sistema que pode realizar algum trabalho no ambiente; e aumento de sua energia térmica incapaz de realizar trabalho, em outras palavras o sistema tende a afastar-se de uma situação mais organizada para uma situação desorganizada/caótica.
Temos aqui um impasse, pois buscamos argumentar sobre o fato da informação ser o motor que inicia o processo de ampliação da organização de um sistema e a Segunda Lei da Termodinâmica, mostra que a natureza de um sistema é tender justamente para a sua total desorganização. Como responder a esse impasse?
Devemos, então ressaltar que a Segunda Lei é referente a sistemas isolados, ou seja, sistemas fechados que não mantém nenhuma relação com o meio. Em sistemas abertos, como mencionado, há uma relação com o meio. Essa relação propicia uma troca com o meio, essa troca favorece o equilíbrio do sistema impedindo, assim, o aumento de sua entropia. Como diz Rapoport, em relação aos seres vivos, é o alimento ingerido que serve não apenas como fonte de energia, mas principalmente, como fonte de energia livre, compensando o aumento da entropia.
Podemos concluir com Rapoport e com o que vimos discorrendo até aqui sobre a informação como medida da negaentropia, o aumento da entropia destrói a informação e, conseqüentemente, o inverso também é verdadeiro, ou seja, que a informação reduz a entropia.
Enquanto elemento redutor da entropia, a informação propicia não somente a manutenção do equilíbrio do sistema, mas também a possibilidade de aumentar sua complexidade organizada, ou seja, a informação não apenas supre os organismos vivos da energia utilizada nos processos vitais, mas aumenta a complexidade organizada que os caracteriza como sistemas vivos.
Logo, a informação fornecida pelo meio é processada pelo sistema que pode dar início ao processo de auto-organização secundária, ou seja, o processo de aumento da complexificação de um sistema. A informação é responsável pelo “start” do processo, contudo não é reguladora e nem supervisora do mesmo, pois o processo é de auto-organização, não possuindo um centro regulador.
Referência Bibliográfica
ASHBY, W. R. Principles of the Self-Organizing System. in Von FOERSTER, H. & ZOPF, G. W. (orgs.), Self-Organizing Systems. Londrines:Pergamon, 1962.
BROENS, M. C. & GONZALES, M. E. Q., Information, Life and Evolutionary Robots: a systemic approach. Não Publicado, s/d.
D’OTTAVIANO, I. M. L. & BRESCIANI FILHO, E. Conceitos Básicos de Sistêmica. in D’OTTAVIANO I. M. L. & GONZALES, M. E. Q (orgs). Auto-Organização – Estudos Interdisciplinares. Campinas:UNICAMP, Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, 2000. (Coleção CLE, volume 30).
DEBRUN, M. A Idéia de Auto-Organização. in DEBRUN, M. et. all, (orgs.) Auto-Organização Estudos Interdisciplinares. Campinas:UNICAMP, Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, 1996. (Coleção CLE, volume 18).
PEREIRA JR., A. & GONZALES, M. E. Q., Informação, Organização e Linguagem. in ÉVORA, F. R. R., Espaço Tempo. Campinas:UNICAMP, Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, 1995.
PEREIRA Jr., et. all. Auto-Organização na Biologia: Nível Ontogenético. In DEBRUN, M. et. all, (org.) Auto-Organização Estudos Interdisciplinares. Campinas:UNICAMP, Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, 1996.
PESSOA JR., O. Medidas Sistêmicas e Organização. in DEBRUN, M. et. all. (orgs.). Auto-Organização – Estudos Interdisciplinares. Campinas:UNICAMP, Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, 2000. (Coleção CLE, volume 18).
RAPOPORT, A. Aspectos matemáticos da análise geral dos sistemas. in VON BERTALLANFY, et. all. Teoria dos Sistemas. Tradução de Maria da Graça Lustosa Becskeházy, Rio de Janeiro:FGV – Instituto de Documentação Editora Fundação Getúlio Vargas, 1976.
SCHAFFER, R., Informação e Naturalismo Esclarecido: O “Realismo Informacional”. in GONZALES, M. E. Q. et all (org.). Encontro com as Ciências Cognitivas. Marília:Unesp-Marília-Publicações São Paulo:Cultura Acadêmica, 2001.
SHANNON, C. E. & WEAVER, W. The Mathematical Theory of Communication. Urbana, Chicaco, London:University of Illinois Press, 1949.
VON BERTALANFFY, L. Teoria Geral dos Sistemas. Tradução de Franscisco M. Guimarães. Petrópolis:Vozes, 1973.
ZEMAN, J. Significado Filosófico da Noção de Informação. in ZEMAN, j., et. all., O Conceito de Informação na Ciência Contemporânea. Tradução de Maria Helena Kühner, Rio de Janeiro:Paz e Terra, 1970.
sábado, 9 de maio de 2009
I Colóquio Internacional de Psicologia e Epistemologia Genéticas
Acontecerá de 8 à 11 de setembro de 2009 o I Colóquio Internacional de Psicologia e Epistemologia Genéticas: Atualidades da Obra de Jean Piaget, como o site do evento nos diz, o mesmo tem por objetivo:
- Promover o encontro de pesquisadores brasileiros dedicados ao estudo da obra de Jean Piaget e de questões atuais abordadas pela Psicologia e Epistemologia Genéticas.
- Promover o encontro de grupos de pesquisa de Psicologia e Epistemologia Genéticas no Brasil.site
- Promover a aproximação de pesquisadores brasileiros com pesquisadores estrangeiros (latino-americanos, europeus e americanos) sobre questões e pesquisas de Psicologia e Epistemologia Genéticas.
- Promover a discussão e divulgação dos trabalhos do Grupo de Estudo e Pesquisa de Epistemologia Genética e Educação – GEPEGE, da UNESP – Campus de Marília.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
II Congresso Brasileiro de Educação
proporcionar aos pesquisadores e profissionais da educação espaço para socialização de pesquisas e trocas de experiências sobre a formação de professores na perspectiva de uma educação para todos.
É mais uma grande oportunidade de troca de experiências entre os profissionais envolvidos com a Educação.
Aqueles que desejarem inscrever trabalhos poderão ver mais informações em http://www2.fc.unesp.br/cbe/trabalhos.htm não esquecendo que os mesmos devem ser submetidos até dia 16/05/2009.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Novo Concurso pela frente
É para a cadeira de Filosofia da Educação no Centro de Formação de Professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Campus de Amargosa-BA.
Os pontos são bem diversificados, mas todos relativos à Filosofia da Educação, são eles:
- A Paidéia e a cultura grega
- A Filosofia da Educação em Aristóteles.
- A educação no período medieval.
- A educação no período iluminista.
- Filosofia da Educação socialista.
- Rousseau e a educação
- A Filosofia da Educação idealista.
- A Filosofia da Educação no Brasil.
- Afrodescendência e a Filosofia da Educação.
- Filosofia da Educação e as Novas Tecnologias da Educação
Mas, como sempre, desafios são sempre bem vindos. Não só estimulam como promovem a criação de novos esquemas por meio da acomodação dos existentes (e dá-lhe Piaget heehe)!!
Vamos que vamos, a questão é estudar e preparar o material para que nada nos pegue de surpresa.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Passeio!!
É uma cidade singular! Muito pitoresca e bem receptiva. Serve, às marges do Rio Madeira (terceiro em volume da águas do Mundo!!) uma moqueca de filé de Dourado que para quem gosta de peixe é uma iguaria deliciosa.
A Catedral é muito antiga e, em termos artísticos, muito bonita. Claro, não sou dado à religiosidade, mas o conceito estético que advém da Catedral é muito interessante, ensina-nos muito sobre como a influência da religião sobre a formação do povo da cidade.
O povo, extremamente simpático e muito receptivo. É o que torna o calor elevado da cidade suportável, pois tanta simpatia e receptividade torna a cidade muito aconchegante.
Bem, assim que puder colocarei fotos desse meu passeio por aqui.
Segundo dia de Prova
Era a prova didática, com o tema:
Fiquei muito nervoso, tive meus momentos de gaguejar diante da banca. Isso me rendeu um quarto lugar na classificação da prova.
Após a divulgação desse resultado, iniciou-se a prova de títulos. Assim, no compto geral, minha classificação no concurso da UNIR foi um belo 4º lugar. Saldo super positivo para quem fez seu primeiro concurso e enfrentou 12 candidatos. Sendo que um dos que estão à minha frente é doutor.
É isso, findada essa maratona estou na expectativa da viagem de volta.
segunda-feira, 30 de março de 2009
Primeiro dia de prova
Dos 10 temas propostos no Edital o tema sorteado foi: "4 - Princípios de Lógica Aristotélica".
Confesso que era um dos temas que tinha em mente, apesar de pensar nesse tema mais para a prova didática, pois com ele daria para criar muita coisa em termos da apresentação em slides. Mas confesso que foi, até certo ponto, um tema tranqüilo.
Trabalhei no sentido de apresentar os princípios, definí-los, apresentar argumentações de objeção a eles e a resposta às objeções para, em seguida, apresentar a aplicação dos princípios na construção das tabela de verdade, de grande valia para avaliação de validade de argumentos silogísticos.
Espero que minha linha de raciocínio e toda a argumentação apresentada tenha sido suficiente para aprovação, mas isso só saberei amanhã, minutos antes do sorteio do tema para a Prova Didática, onde saberemos se fomos aprovados na prova escrita ou não. Só seguirá em frente, quem for aprovado em cada etapa.
Bem, agora é descansar um pouco e me preparar para dar continuidade aos preparativos para a próxima prova.
Chegada em Rondônia
Recepção calorosa, mais de 30º à noite, vai ser calorosa assim lá longe!!!
Direto pro hotel e a primeira surpresa: a reserva não estava agendada. Coisa de louco!! E não era só a minha, no avião conheci a Jaqueline e o Magno, ambos embarcaram em Cuiabá-MT, vindo pra Porto Velho para prestar concurso também, a Jaqueline para Pedagogia e o Magno para GeoArqueologia. Ambos também com reserva para o mesmo hotel que eu, pois bem, a reserva dos dois também não estavam agendadas. A solução veio tranqüila, no mesmo hotel conseguimos acomodação. Foi só um sustinho pra iniciar a vida numa cidade onde não se conhece ninguém!!
Outro detalhe que só me dei conta no embarque em São Paulo, essa é minha primeira viagem de avião!!! Não, claro que já havia feito outras viagens de avião, contudo as anteriores sempre com um grupo de amigos, essa foi a primeira que fiz sozinho.... meu espírito de aventura se aguçou eheheh
Domingo foi muito legal. Almocei com meus dois novos amigos, num lugarsinho bem pitoresco onde pudemos apreciar uma "Muqueca de Dourado" que é realmente deliciosa, acompanhada de arroz, baião de dois, farofa e pirão! E, claro, com o calor que faz aqui, uma cervejinha bem gelada.
Logo após o almoço fizemos um tradicional passeio de barco pelo Rio Madeira, é realmente impressionante. Contemplar de um lado do rio a cidade de Porto Velho e do outro braços do que já podemos chamar de Floresta Amazônia, simplesmente lindo!!!!!!!
Pois bem, essas são algumas das minhas aventuras pela nova cidade que, ao que tudo indica, será minha cidade do coração!
sexta-feira, 27 de março de 2009
Viagem para Concurso
Sábado agora, 28/03, embarco para Porto Velho-RO, na segunda-feira, 30/03, iniciam-se as provas do Concurso Público de Provas e Títulos para Professor do Magistério Superior da UNIR - Fundação Universidade Federal de Rondônia.
Minha pretensão é para a vaga de Professor de Filosofia no Departamento de Filosofia da Instituição. Confesso estar, ainda, um pouco apreensivo mas, confiante!!!
As temáticas que serão abordadas nas provas serão:
- A Filosofia da Linguagem em Wittgenstein e o Círculo de Viena;
- A questão do ser na Filosofia Antiga;
- A Ética no pensamento de Jürgen Habermas;
- Princípios da Lógica aristotélica;
- A Estética na Filosofia da Antiguidade;
- A Teoria do Conhecimento na Idade Moderna;
- A Filosofia da Educação em Platão, Rousseau e Paulo Freire;
- Popper e o Critério de Falseabilidade;
- A Filosofia Política na Contemporaneidade;
- O Método Fenomenológico em Edmund Husserl.
Claro que tenho minhas preferências, mas estou preparado para qual desses temas forem sorteados.
Conforme forem ocorrendo as provas e saíndo os resultados postarei aqui, como um diário de bordo do concurso, minhas impressões e análises.
Bem, por hoje é isso.
domingo, 8 de março de 2009
Perfeito
Esse vídeo nem precisa de introdução, assistam pois é simplesmente perfeito:
World Builder from Bruce Branit on Vimeo.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Por que Filosofia nos Cursos do Ensino Superior?
São cursos, que primam por uma qualidade técnico-acadêmica, com docentes de alto nível que, com toda certeza, forma profissionais de alto gabarito para o mercado de trabalho, mas tais cursos relegaram a formação cidadã para um segundo nível.
Nessa perspectiva que a Filosofia se justifica enquanto disciplina para o Ensino Superior, tanto como uma Introdução à Filosofia como em disciplinas como Ética, Filosofia da Ciência, Filosofia Política dentre outras que propiciam a formação humanística do futuro profissional. Levando-o à reflexão de sua conjuntura, da situação que o cerca e que existem possibilidades não só estrategicas, mas e principalmente, comunicativas.
Somente numa perspectiva da Filosofia é que podemos abrir outras possibilidades que não somente a Razão Estratégico-Instrumental, aquela que visa instrumentalizar os meios (sejam esses ambientais ou o próprio ser humano) para atingir os fins. Mesmo porque sem uma reflexão filosófica, por mais simples (se é que se pode chamar uma reflexão filosófica de simples!) que seja, permitir-se-á uma abordagem diferente da técnico-instrumental presente nos cursos de graduação, principalmente nos cursos de outras áreas que não as Ciências Humanas, mas até mesmo nessas existe a necessidade de uma reflexão filosófica mais apurada, levada a cabo pela disciplina de Filosofia em seus currículos.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Lançamento
Lançado o Volume 01 Número 02 da Schème - Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas.
A Schème é uma publicação do GEPEGE - Grupo de Estudo e Pesquisa em Epistemologia Genética e Educação, da qual sou Editor Adjunto.
Traz artigos voltados à teoria piagetiana e suas interfaces. É um excelente material para aqueles que pretendem se aprofundar ou mesmo tomar conhecimento da teoria.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Indicação
Posto aqui a informação, a qual já deveria ter feito, de uma importante revista para quem tem interesse em se aprofundar nos estudos da teoria piagetiana é Schème - Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas - Auspiciada pelo GEPEGE - Grupo de Estudo e Pesquisa em Epistemologia Genética e Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" - Campus de Marília-SP.
Sou Editor Adjunto da mesma!
Vale a pena conferir!!!!