Diversos cursos do Ensino Superior têm sido, por décadas, cursos técnicos que visam única e exclusivamente uma formação de mão-de-obra qualificada para o mercado de trabalho, esquecendo-se da formação humanística de seus discentes.
São cursos, que primam por uma qualidade técnico-acadêmica, com docentes de alto nível que, com toda certeza, forma profissionais de alto gabarito para o mercado de trabalho, mas tais cursos relegaram a formação cidadã para um segundo nível.
Nessa perspectiva que a Filosofia se justifica enquanto disciplina para o Ensino Superior, tanto como uma Introdução à Filosofia como em disciplinas como Ética, Filosofia da Ciência, Filosofia Política dentre outras que propiciam a formação humanística do futuro profissional. Levando-o à reflexão de sua conjuntura, da situação que o cerca e que existem possibilidades não só estrategicas, mas e principalmente, comunicativas.
Somente numa perspectiva da Filosofia é que podemos abrir outras possibilidades que não somente a Razão Estratégico-Instrumental, aquela que visa instrumentalizar os meios (sejam esses ambientais ou o próprio ser humano) para atingir os fins. Mesmo porque sem uma reflexão filosófica, por mais simples (se é que se pode chamar uma reflexão filosófica de simples!) que seja, permitir-se-á uma abordagem diferente da técnico-instrumental presente nos cursos de graduação, principalmente nos cursos de outras áreas que não as Ciências Humanas, mas até mesmo nessas existe a necessidade de uma reflexão filosófica mais apurada, levada a cabo pela disciplina de Filosofia em seus currículos.
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