É fato que o modelo dos países de primeiro mundo, em alguns aspectos, serve para nortear a caminhada dos países em desenvolvimento rumo a sua independência, de fato, na roda viva do mundo contemporâneo.
Não falo aqui em copiar as mazelas a que esses países relegam parte de sua população e das populações empobrecidas do mundo, mas no que eles fizerem em seu histórico de desenvolvimento para atingirem o nível de desenvolvimento em que se encontram.
Com isso em mente, podemos perceber que os países, chamados desenvolvidos, têm como prioridade o investimento em pesquisas científicas e tecnológicas de todos os níveis e áreas do saber. Isso é fato, pois desde Francis Bacon (1561 – 1626) conhecimento é poder.
Investir em ciência e tecnologia, para que se produza o conhecimento necessário sobre a região que se ocupa, suas características e como explorá-las de forma sustentável são garantias de independência, pois a produção de riquezas está relacionada de forma direta ao domínio científico e tecnológico que se tem. Afinal vale muito mais o produto manufaturado do que a simples produção de matéria-prima.
Assim, para o desenvolvimento de Rondônia e da região da Amazônia Legal, como um todo, passa, necessariamente, pelo investimento que os governos estaduais da região, aliado ao federal, fará no desenvolvimento científico e tecnológico.
Os investimentos em segurança, saúde, educação, trânsito etc., passam pelo investimento em ciência e tecnologia, afinal sem conhecimento em cada uma das áreas o que se fará será a importação de soluções que, no máximo, serão paliativas e tornarão a região dependente de outras que detenham o conhecimento.
Conhecer é ser livre. Livre da tutela alheia. Livre da dominação externa seja ela nacional ou internacional. Para se conhecer é necessário se investir. Investir na formação e fixação de pesquisadores, cientistas, filósofos, sociólogos, enfim, em pensadores que promovam a autonomia e maioridade da região.
Torno público esse meu pensamento, entendendo ser prioridade, nesse momento do Estado de Rondônia, a criação da FAPERO – Fundação de Amparo à Pesquisa de Rondônia. Para que essa fundação, assim como as homônimas das outras regiões, capte dinheiro nas agências financiadoras e promova a pesquisa científica e tecnológica e a fixação dos pesquisadores no nosso Estado. Esse deve ser um sério compromisso do novo governador de Rondônia, para que, de fato, Rondônia se torne um estado independente das outras regiões e contribua para a independência da Amazônia Legal e que o conhecimento que se produza sobre a Amazônia seja legitimamente AMAZÔNIDA.
* Texto publicado originalmente no Blog do Confúcio, nosso candidato à Governo do Estado de Rondônia.
Um comentário:
insentivo à pesquisa científica deve ser prioridade dos grandes e pequenos estados, quer estar um passo à frente, invista em pesquisa. é isso ai meu caro irmão... isso é importante, pessoas pensantes nos dias de hoje têm se tornado algo raro.
grande abraço
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